“Diz o insensato no seu coração:
não há Deus. Corrompem-se e praticam abominação; já não há quem faça o bem.
Salmo 14:1”.
Esse
versículo inicia o Salmo 14, o qual trata dos atos corruptos dos ímpios. Na
língua hebraica, existem três palavras básicas para definir o “insensato”: kesyl, o insensato estúpido; ewiyl, o insensato sem racionalidade e
pervertido; e nabal, o ser humano
bruto e ignorante, semelhante a um bicho selvagem. Esse termo nabal é exatamente o termo utilizado no
versículo supracitado; ou seja, o insensato teimoso nega deliberadamente a
existência de Deus.
Como bem
escreveu o teólogo americano Warren W.
Wiersbe, “as pessoas que dizem: ‘não
há Deus’ não sofrem, necessariamente, de falta de inteligência; na verdade,
muitas delas são bastante perspicazes. Porém, o que lhes falta é sabedoria e
discernimento espiritual”. O que se pode identificar desse tipo de pessoas
é que elas deliberadamente recusam a Deus; deliberadamente e sem qualquer pudor
simplesmente execram a existência de Deus, e não por falta de conhecimento, mas
sim por uma escolha pessoal.
O
versículo-chave dessa mensagem (Salmo 14:1) diz que aqueles que têm o coração
insensato (nabal) negam a Deus e se
corrompem, de modo a praticarem toda espécie de mal e abominação. Como isso é
atual! Nos dias atuais, cada vez mais nos surpreendemos com a capacidade de o
homem fazer o mal! Vemos filhos matando pais, estupros de todas as espécies,
pessoas queimando outras, só para matar! O mundo, verdadeiramente, está
corrompido! Como as pessoas estão cada vez mais carentes e necessitadas de
Deus.
Se você
também proclama que Deus não existe, tenho algumas coisas para lhe falar.
Primeiro, que Deus não vai ser atingido pela incredulidade de ninguém, Ele é
Deus! Segundo, que você está deixando de viver a experiência mais tremenda que
um homem pode vivenciar, ou seja, contemplar a maravilhosa presença de Deus, e
não há prazer terreno que sequer se aproxime do deleite de viver uma
comunhão com Deus! Terceiro, que quando seus olhos vieram a contemplar o dia
final, não há mais como voltar atrás! Pense nisso.
Quando
conversamos com ateus pragmáticos, os quais negam veementemente a existência de
Deus, não adianta falar ou citar a Bíblia Sagrada, uma vez que eles não
acreditam no caráter divino das Sagradas Escrituras. Os mesmos se gabam de uma
retórica racional e se fundam em argumentos filosóficos e gnósticos para provar
a não existência de Deus. Observando isso, tenho algumas observações
(filosóficas e cognitivas) para mostrar, sem qualquer intenção de convencimento,
pois quem verdadeiramente convence é o Espírito Santo de Deus, mas com a
intenção de levá-lo à reflexão e à revisão de alguns conceitos, de modo que
você possa começar a buscar um relacionamento com Deus, e preencher esse vazio
que somente Jesus pode ocupar! Citarei algumas observações quanto à existência
do Deus todo poderoso, fundadas puramente na racionalidade:
1.
Argumento da mudança
Como
escreveu o teólogo americano Peter Kreeft,
consideremos que uma grande árvore que vimos na floresta cresceu de uma pequena
semente. Assim, é bem sabido que uma semente não é uma árvore. Embora a semente
não seja uma árvore, ela tem potencial para um dia ser uma bela árvore,
contudo, depende de fatores externos para que isso ocorra; ela por si só não
pode se tornar numa frondosa árvore. Agora, vejamos outra questão. As outras
coisas fora do objeto (a semente) que sofre mudança, também mudam? Se isso for verdade,
todos esses elementos permanecem, a cada instante, com a necessidade de receber
uma atuação de outras coisas, caso contrário não poderiam mudar. O universo é a
soma de todos esses objetos móveis, independente de quantos sejam. O universo
como um todo está em processo de mudança. Entretanto, já percebemos que essa
mudança em qualquer ser exige uma força externa para torná-la real. Portanto,
existe alguma força do lado de fora (que se acrescenta ao) universo, algum Ser
real que transcende o universo. Esse ser é exatamente o Deus todo poderoso! Em
poucas palavras, se não há nada fora do universo material, então não existe
nada que possa causar mudança no universo. Entretanto, este está sofrendo
mudança. Portanto, tem de haver algo além do universo material, que é a soma
total de toda a matéria, do espaço e do tempo. Essas três grandezas dependem
umas das outras. Assim, o tal Ser externo ao universo está fora da matéria, do
espaço e do tempo. Ele não sofre mudança. Ele é a Fonte imutável da mudança.
Ele é Deus. “Porque eu, o Senhor, não mudo. Malaquias 3:6a”.
Para não
deixar a mensagem de hoje muito longa e de leitura cansativa, apresentarei
apenas mais um argumento baseado na sã filosofia que ratifica a existência de
nosso Deus todo poderoso, e você, que se utilizando de assertivas racionais
declara a não existência de Deus, apodere-se dessa mesma cognição para refletir
sobre esse próximo argumento.
2.
Argumento dos graus de perfeição
Ao
observamos o mundo, notamos que as coisas variam de diversas maneiras. Uma cor,
por exemplo, pode ser mais clara ou mais escura; a vida de uma pessoa que
oferece e recebe amor é melhor do que a de outra que não age assim. Então, designamos
as coisas com base em elas terem um grau maior ou menor de determinada
característica. Às vezes, é a distância literal a partir de um extremo é que faz
toda diferença entre ter ou ser mais
ou menos. Os objetos, por exemplo,
são mais quentes quando estão mais próximos de uma fonte de calor. Essa fonte
comunica aos objetos o calor que estes possuem. Isso significa que a quantidade
de calor é causada por uma fonte externa. Agora, quando pensamos na bondade dos
seres, parte do que queremos dizer está simplesmente relacionado àquilo que
eles são. Em outras palavras, todos reconhecemos que um ser inteligente é
melhor do que um não-inteligente; que um ser capaz de dar e receber amor é
melhor do que um que não pode fazer isso; que nossa existência é melhor, mais
rica e mais completa do que a de uma pedra, uma flor, uma minhoca, uma formiga
ou até mesmo de um filhote de foca. Entretanto, se esses graus de perfeição
estão relacionados ao ato de existir e se esse ato é causado em criaturas
finitas, então é necessário que exista um Ser melhor, uma fonte e um padrão
verdadeiros de toda perfeição que reconhecemos. Estes Ser absolutamente
perfeito – a “Existência de todos os seres”, a “Perfeição de todas as
perfeições” – é DEUS! Você pode perguntar: “O
argumento pressupõe a existência de algo melhor e verdadeiro. Entretanto, todos
os nossos julgamentos de valor comparativo não são meramente subjetivos?”.
A própria formulação dessa pergunta já serve para respondê-la! O questionador
não teria feito a pergunta a menos que pensasse ser melhor fazê-la do que não
fazê-la, e realmente é melhor tentar encontrar a verdadeira resposta do que não
procurá-la. É possível falar de subjetivismo, mas não podemos vivê-lo na
prática.
“Também disse Deus: façamos o homem à nossa imagem, conforme à nossa
semelhança; tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos
céus, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os répteis
que rastejam pela terra. (...) Viu
Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom. Gênesis 1: 26, 31a”.
Existem
muitos outros argumentos. Não os apresentarei para não estender muito a
mensagem de hoje.
Esta
mensagem com estes dois argumentos não tem a intenção de convencê-lo de nada;
mais uma vez eu repito que quem convence é o Espírito Santo de Deus. A intenção
é levá-lo à reflexão e revisão de conceitos, de modo que você possa entender o
maravilhoso plano de Deus para a sua vida! Renda-se diante do Senhor e veja
além da sua visão, ouça além da sua audição, e entenda o que é amor, o
verdadeiro amor de Deus, esse Deus que se sacrificou para te salvar!
Espero
que você tenha um lindo e maravilhoso dia, sabendo que quem fez esse dia foi o
Deus maravilhoso e poderoso! Fez especialmente para você! Agradeça e se renda
diante do Senhor dos senhores, Jesus Cristo, o nazareno! Essa música é especialmente
para você! Clique aqui!
“A
benignidade do Senhor jamais acaba, as suas misericórdias não têm fim;
renovam-se cada manhã. Grande é a tua fidelidade. Lamentações de
Jeremias 3:22,23”.
Grande Abraço,
Hélio Roberto.