sábado, 9 de março de 2013

Deus existe? Parte 3 - Argumento do Tempo e da Contingência



Queridos amigos, dando continuidade à nossa série de argumentos (baseados na razão) sobre a existência de Deus. Hoje, apresentaremos o terceiro argumento. Lembre-se o que disse John Stott: “Crer é também pensar”.

Parte 3 – Argumento do Tempo e da Contingência

1. Notamos que as coisas ao nosso redor começam a existir e deixam de existir. Uma árvore, por exemplo, surge [de forma perceptível, a partir da semente] como um pequeno broto, floresce; depois seca e morre.

2. Seja o que for que passe a existir ou deixe de existir, não tem necessariamente que existir; a não existência é uma possibilidade real.

3. Suponhamos que nada tenha que existir e que a não existência seja uma possibilidade real para tudo.

4. Então, agora mesmo, nada ia existir, porque:

5. Se o universo começou a existir, então todos os serem teriam de traçar sua origem em algum momento no passado no qual não existia nada, literalmente.

6. No entanto, nada pode surgir do nada.

7. Então, o universo não poderia ter tido início.

8. Entretanto, suponhamos que o universo nunca tivesse começado a existir. Logo, pela duração infinitamente longa da história cósmica, todos os seres teriam a possibilidade inerente de não existir.

9. Mas, se em um tempo infinito essa possibilidade nunca foi tornada real, não poderia ter sido uma possibilidade real de maneira alguma.

10. Logo, é preciso haver algo que tenha de existir, que não pode não existir. Esse tipo de Ser é chamado de necessário.

11. Ou essa necessidade pertence aos seres por si próprios, ou deriva de outro Ser. Se ela parte de outro, tem de haver, em última instância, um Ser cuja necessidade não seja derivada, um Ser absolutamente necessário.

12. Esse ser absolutamente necessário é Deus.

1ª pergunta:

Mesmo que alguém nunca saísse de casa durante o dia, seria possível que uma pessoa fizesse isso. Por que é impossível que o universo ainda venha a existir, embora fosse possível que ele deixasse de existir?

Resposta:
Esses dois casos não são realmente paralelos. Sair de casa em determinado dia é algo que podemos escolher fazer ou não. Mas, se a não existência é uma possibilidade real para alguém, essa pessoa é um tipo de ser que não poderia durar para sempre. Em outras palavras, a possibilidade da não existência deve ter sido incluída, programada, como parte da constituição da pessoa; uma propriedade necessária. E, se todos os serem também são assim, então como algo poderia ainda existir depois da passagem de um período infinito? Um período infinito é tão longo quanto a eternidade. Portanto, o Ser precisa ter o que é necessário para durar para sempre; para permanecer em existência por um período infinito. Portanto, tem de existir um no reino dos seres algo que não tenha a tendência de deixar de existir. Esse tipo de Ser, como disse Aquino, é chamado necessário.
Fonte: Peter Kreeft e Ronald K. Tacelli.

Queridos amigos, Deus nos fez seres pensantes! Deus não quer que sejamos como marionetes, mas que o conhecimento nos aproxime mais Dele! Que você possa ser tocado pelo Espírito Santo de Deus!
Και η ειρηνη του Χριστου1

Respondeu-lhes Jesus: em verdade, em verdade vos digo: antes que Abraão existisse, EU SOU. João 8:58”.

Grande abraço,

Hélio Roberto.

1. A paz de Cristo!