“O crisol é para a prata, e o forno para o ouro, e o homem é provado pelos louvores que recebe.” Provérbios 27:21
Esta é uma passagem bíblica repleta de ensinamentos!
Crisol era um recipiente no qual, no passado, se apurava e purificava a prata, ou seja, o crisol era o meio pelo qual a prata se tornava mais pura. Já com relação ao ouro, diz-se que o ourives colocava o ouro no forno até que todas as impurezas o fossem arrancadas, ou seja, era através do calor escaldante do forno que o ouro se tornava mais puro e brilhante, o que de fato o valorizava consideravelmente.
Assim, também o homem é provado de diversas maneiras; e uma delas é por meio dos elogios que o são lançados. Todos gostam de ser elogiados. Alguns até “incham” tanto que parecem que vão explodir. E de fato explodem!
Precisamos nos atentar e estarmos sempre com os pés no chão quando recebemos quaisquer elogios, por diversos motivos. Talvez aquele elogio não seja sincero! Talvez seja apenas para que nos envaideçamos de modo que possamos ceder algo. Quando dão tapinhas nas costas dos outros, na verdade, estão procurando o melhor lugar para enfiar a faca: “O homem que lisonjeia ao seu próximo, arma-lhe uma rede aos passos. Provérbios 29:5”.
No fundo, não gostamos de ser repreendidos, mas sim de sermos louvados, elogiados, lisonjeados, etc. Entretanto, a repreensão sincera nos é infinitamente mais benéfica que o elogio leviano: “Leais são as feridas feitas pelo amigo, mas os beijos do inimigo são enganosos. Provérbios 27:6”. Se não fosse por nosso orgulho, não seríamos afetados pela enganosa bajulação.
Com certeza há espaço para um elogio sincero: “Ora, rogamo-vos, irmãos, que reconheçais os que trabalham entre vós, presidem sobre vós e vos admoestais, e que os tenhais em grande estima e amor, por causa da sua obra. Tende paz entre vós. 1 Tessalonicenses 5: 12,13”.
Que os elogios verdadeiros venham de corações puros e amorosos, de modo que possamos ser reconhecidos pelo que de fato foi feito; contudo, mais importante é que tenhamos discernimento para percebermos o que é verdadeiro e o que é ardiloso; e que possamos, em quaisquer das situações citadas (elogios verdadeiros ou ardilosos), não nos florearmos com vaidades ou soberba, achando que, porque recebemos um elogio, somos melhores que os que nos cercam. Precisamos tomar muito cuidado com nós mesmos, com nossos sentimentos e pensamentos, de modo que não caiamos em armadilhas criadas por nossa própria natureza humana: a vaidade, o egocentrismo, o egoísmo e a soberba: “A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito precede a queda. Provérbios 16:18”
Que você tenha um excelente dia, com a humildade ensinada por Cristo, derrotando e aniquilando os desejos egocêntricos inerentes à nossa natureza humana: “Porque a carne luta contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes se opõem um ao outro para que não façais o que quereis. Gálatas 5:17”, de modo que possamos verdadeiramente sermos sábios no cerne da palavra: “Eu, a sabedoria, habito com a prudência, e possuo o conhecimento e a discrição. Provérbios 8:12.”
“Melhor é ser humilde de espírito com os mansos, do que repartir o despojo com os soberbos. Provérbios 16:19”.
Grande abraço,
Hélio Roberto.