quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Dízimo: ato de libertação – Parte 2



“Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho, e tendes omitido o que há de mais importante na lei, a saber, a justiça, a misericórdia e a fé; estas coisas, porém, devíeis fazer, sem omitir aquelas.” Mateus 23:23

Meus amigos, continuando a mensagem anterior, escolhi como versículo-chave Mateus 23:23. O capítulo 23 do livro de Mateus é também conhecido como o capítulo dos hipócritas, porque Jesus se refere de maneira contundente aos escribas e fariseus, dirigindo-se a eles, por diversas vezes, como hipócritas!

Nesse versículo (Mateus 23:23), Jesus Cristo nos ensina que devemos fazer estas coisas (a justiça, a misericórdia e a fé) sem omitir aquelas coisas (o dízimo).

O dízimo é um ato de fé e de submissão aos preceitos de Deus. O Pastor americano Mike Murdock bem disse que na Bíblia têm assuntos de A a Z. Se você deseja saber sobre , na Bíblia tem; se você deseja saber sobre Salvação, na Bíblia tem; se você deseja saber sobre Espírito Santo, na Bíblia tem; se você deseja saber sobre Curas, na Bíblia tem; se você deseja saber sobre Autoridade, na Bíblia tem; se você deseja saber sobre Família, na Bíblia tem e se você deseja saber sobre Finanças, na Bíblia também tem. Agora não adianta você ler, na Bíblia, as promessas de Deus sobre fé, salvação, curas, autoridade, família e finanças se você não crer em tais promessas! E na questão do dízimo não é diferente!

Precisamos crer nas promessas de Deus, para que a mão de Deus possa se mover a nosso favor!

O dízimo é algo tão sério, que a única vez em que Deus diz para que o coloquemos à prova é com relação ao dízimo. Em qualquer outra situação em que você tentar provar a Deus, você estará ocorrendo em um grave erro, exceto para a questão do dízimo: “Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim, diz o Senhor dos exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós tal benção, que dela vos advenha a maior abastança. Malaquias 3:10”. Deus permite que o ponhamos à prova na questão do dízimo, de modo que possamos verdadeiramente constatar a Sua fidelidade.

Oscar Lowry, no seu livro The Sin We’re Afraid To Mention (O Pecado Que Receamos Mencionar), conta a História de William Colgate:

“Há já muito tempo, um rapaz de 16 anos deixou a sua casa para procurar fortuna. Levando consigo todos os haveres num pequeno embrulho, dirigiu-se por um caminho ao longo dum canal para uma grande cidade.
À medida que por aí caminhava, encontrou um velho vizinho, capitão dum barco do canal, e entabularam conversa da seguinte maneira:
– Olá William, então aonde vais?
– Não sei – respondeu o rapaz – O meu pai é pobre de mais para me poder sustentar por mais tempo e diz que agora eu devo ganhar para mim.
– Não te importes com isso – ajuntou o capitão – Certifica-te de que começas bem, e continuarás otimamente.
O rapaz contou ao seu amigo que o único ofício de que sabia alguma coisa era o do fabrico de sabão e velas, no qual ajudava o seu pai, quando se encontrava em casa.
Então — disse o velhote — oremos juntos novamente, eu dar-te-ei um pequeno conselho e deixar-te-ei depois partir. Ajoelharam ambos naquele caminho e o homem orou fervorosamente por William e deu-lhe depois o seguinte conselho: Alguém será brevemente o principal fabricante de sabão em Nova Iorque. Tanto podes ser tu como outra pessoa qualquer. Espero que o sejas tu. Sê um bom homem; dá o teu coração a Jesus; dá ao Senhor o que Lhe pertence de cada escudo que ganhares; fabrica o sabão honestamente; não roubes no peso e tenho a certeza de que ainda chegarás a ser um homem rico e bom.
Ao chegar à grande cidade, sem casa nem amigos, lembrou-se destas palavras de despedida e do conselho. Foi levado por elas a entregar-se a Cristo e a unir-se a uma Igreja.
Os primeiros escudos que ganhou, fez-lhe chamar a atenção para o assunto exposto pelo velho capitão. Procurou na Bíblia e viu que se exigia aos Judeus que contribuíssem com um décimo.
– Se o Senhor receber um décimo, dá-lo-ei, disse ele, e assim fez.
Acostumou-se a isto durante a sua longa vida. Um tostão de cada escudo era sagrado perante o Senhor.
Alguns anos depois William tornou-se sócio no negócio e mais tarde o único dono. Foi maravilhosamente abençoado. Então começou a dar dois décimos, tornou-se ainda mais rico e começou a dar três décimos, aumentando depois para cinco. Educou a sua família, estabeleceu planos para a sua vida e disse ao Senhor que Lhe daria 90% do seu rendimento. Prosperou mais do que nunca. As escolas que agora usam o seu nome são monumentos à sua benevolência.”

Esta é a História do Sr. William Colgate que deu milhões de escudos para a causa de Deus e deixou um nome que nunca morrerá. Os produtos com este nome são bem conhecidos em Portugal, no Brasil e em todo o mundo. Para ouvir a História de William Colgate, clique aqui.

Esse é um exemplo de alguém que confiava na provisão de Deus. Não quero dizer que esse é o padrão exatamente a ser seguido. A questão de dar até 90% de sua renda foi uma opção do Sr. William Colgate; o que a Bíblia nos ensina é que devemos devolver 10% de tudo o que ganhamos!

Meus caros, queiram vocês ou não, essa é a vontade de Deus! E quem somos nós para questionarmos os preceitos divinos?

Entretanto, algo precisa ser dito: precisamos dar o dízimo com alegria! Não podemos dar o dízimo com remorso ou com qualquer sentimento que ofusque a verdadeira essência desse ato. Algo eu aprendi no meu processo de crescimento cristão: se você quer colher bênção espiritual, precisa doar-se espiritualmente, ou seja, você precisa semear uma comunhão espiritual, para então colher sua bênção espiritual. Assim também ocorre com as questões financeiras: se você quer bênção financeira, precisa semear finanças! Essa declaração incomoda você? Sabe então quem está te incomodando? Efetivamente não sou eu! Porque o que falo tem fundamentação bíblica. Vejamos: “Mas digo isto: aquele que semeia pouco, pouco também ceifará; e aquele que semeia em abundância, em abundância também ceifará. Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, nem por constrangimento; porque Deus ama aquele que dá com alegria. 2 Coríntios 9:6,7”. Essa passagem bíblica não se refere especificamente ao dízimo, mas às ofertas. Contudo, fazendo-se uma análise exegética, vemos que o princípio presente no ato de semear é o mesmo em ambos os casos!

Meus amigos, espero ter podido esclarecer a vocês a importância e conseqüências de se devolver o dízimo! Embora algumas questões sejam polêmicas ou pouco populares por diversos fatores, tenho um compromisso com Deus quando escrevo essas mensagens, e não posso fugir do que ensina a Bíblia Sagrada, por mais que isso possa desagradar alguém! Escrevo para agradar a Jesus Cristo de Nazaré, não para agradar aos homens!

Que você tenha um excelente dia, buscando suas respostas no manual deixado por nosso Deus - a Bíblia Sagrada - para que vivamos em perfeita harmonia com a sua vontade, de modo que possamos obter efetivamente uma comunhão, intimidade e relacionamento com nosso Pai amado!

 “Mas buscai primeiro o reino de Deus e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas. Mateus 6:33”.

Grande Abraço,

Hélio Roberto.