“Ai de
vós, escribas e fariseus, hipócritas! Porque dais o dízimo da hortelã, do endro
e do cominho, e tendes omitido o que há de mais importante na lei, a saber, a
justiça, a misericórdia e a fé; estas coisas, porém, devíeis fazer, sem omitir aquelas.”
Mateus 23:23
Meus amigos, continuando a mensagem anterior, escolhi
como versículo-chave Mateus 23:23. O capítulo 23 do livro de Mateus é também
conhecido como o capítulo dos hipócritas, porque Jesus se refere de
maneira contundente aos escribas e fariseus, dirigindo-se a eles, por diversas
vezes, como hipócritas!
Nesse versículo (Mateus 23:23), Jesus Cristo nos
ensina que devemos fazer estas coisas (a justiça, a misericórdia e a
fé) sem omitir aquelas coisas (o dízimo).
O dízimo é um ato de fé e de submissão aos
preceitos de Deus. O Pastor americano Mike Murdock bem disse que na
Bíblia têm assuntos de A a Z. Se você deseja saber sobre Fé, na Bíblia
tem; se você deseja saber sobre Salvação, na Bíblia tem; se você deseja
saber sobre Espírito Santo, na Bíblia tem; se você deseja saber sobre Curas,
na Bíblia tem; se você deseja saber sobre Autoridade, na Bíblia tem; se
você deseja saber sobre Família, na Bíblia tem e se você deseja saber
sobre Finanças, na Bíblia também tem. Agora não adianta você ler, na
Bíblia, as promessas de Deus sobre fé, salvação, curas, autoridade, família e
finanças se você não crer em tais promessas! E na questão do dízimo não é
diferente!
Precisamos
crer nas promessas de Deus, para que a mão de Deus possa se mover a nosso
favor!
O dízimo é algo tão sério, que a única vez em que
Deus diz para que o coloquemos à prova é com relação ao dízimo. Em qualquer outra
situação em que você tentar provar a Deus, você estará ocorrendo em um grave
erro, exceto para a questão do dízimo: “Trazei todos os dízimos à casa do
tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim, diz o Senhor dos exércitos, se eu não
vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós tal benção, que dela vos
advenha a maior abastança. Malaquias 3:10”. Deus permite que o ponhamos
à prova na questão do dízimo, de modo que possamos verdadeiramente constatar a Sua
fidelidade.
Oscar
Lowry, no seu livro The Sin We’re Afraid To Mention
(O Pecado Que Receamos Mencionar), conta a História de William Colgate:
“Há já
muito tempo, um rapaz de 16 anos deixou a sua casa para procurar fortuna.
Levando consigo todos os haveres num pequeno embrulho, dirigiu-se por um
caminho ao longo dum canal para uma grande cidade.
À medida
que por aí caminhava, encontrou um velho vizinho, capitão dum barco do canal, e
entabularam conversa da seguinte maneira:
– Olá
William, então aonde vais?
– Não sei
– respondeu o rapaz – O meu pai é pobre de mais para me poder sustentar por
mais tempo e diz que agora eu devo ganhar para mim.
– Não te
importes com isso – ajuntou o capitão – Certifica-te de que começas bem, e
continuarás otimamente.
O rapaz
contou ao seu amigo que o único ofício de que sabia alguma coisa era o do fabrico
de sabão e velas, no qual ajudava o seu pai, quando se encontrava em casa.
Então —
disse o velhote — oremos juntos novamente, eu dar-te-ei um pequeno conselho e
deixar-te-ei depois partir. Ajoelharam ambos naquele caminho e o homem orou
fervorosamente por William e deu-lhe depois o seguinte conselho: Alguém será
brevemente o principal fabricante de sabão em Nova Iorque. Tanto podes ser tu
como outra pessoa qualquer. Espero que o sejas tu. Sê um bom homem; dá o teu
coração a Jesus; dá ao Senhor o que Lhe pertence de cada escudo que ganhares;
fabrica o sabão honestamente; não roubes no peso e tenho a certeza de que ainda
chegarás a ser um homem rico e bom.
Ao chegar
à grande cidade, sem casa nem amigos, lembrou-se destas palavras de despedida e
do conselho. Foi levado por elas a entregar-se a Cristo e a unir-se a uma Igreja.
Os
primeiros escudos que ganhou, fez-lhe chamar a atenção para o assunto exposto
pelo velho capitão. Procurou na Bíblia e viu que se exigia aos Judeus que
contribuíssem com um décimo.
– Se o
Senhor receber um décimo, dá-lo-ei, disse ele, e assim fez.
Acostumou-se
a isto durante a sua longa vida. Um tostão de cada escudo era sagrado perante o
Senhor.
Alguns
anos depois William tornou-se sócio no negócio e mais tarde o único dono. Foi
maravilhosamente abençoado. Então começou a dar dois décimos, tornou-se ainda
mais rico e começou a dar três décimos, aumentando depois para cinco. Educou a
sua família, estabeleceu planos para a sua vida e disse ao Senhor que Lhe daria
90% do seu rendimento. Prosperou mais do que nunca. As escolas que agora usam o
seu nome são monumentos à sua benevolência.”
Esta é a História do Sr. William Colgate que
deu milhões de escudos para a causa de Deus e deixou um nome que nunca morrerá.
Os produtos com este nome são bem conhecidos em Portugal, no Brasil e em todo o
mundo. Para ouvir a História de William Colgate, clique aqui.
Esse é um exemplo de alguém que confiava na
provisão de Deus. Não quero dizer que esse é o padrão exatamente a ser seguido. A
questão de dar até 90% de sua renda foi uma opção do Sr. William Colgate;
o que a Bíblia nos ensina é que devemos devolver 10% de tudo o que ganhamos!
Meus caros, queiram vocês ou não, essa é a vontade
de Deus! E quem somos nós para questionarmos os preceitos divinos?
Entretanto, algo precisa ser dito: precisamos dar o
dízimo com alegria! Não podemos dar o dízimo com remorso ou com qualquer
sentimento que ofusque a verdadeira essência desse ato. Algo eu aprendi no meu
processo de crescimento cristão: se você quer colher bênção espiritual, precisa
doar-se espiritualmente, ou seja, você precisa semear uma comunhão
espiritual, para então colher sua bênção espiritual. Assim também ocorre com as
questões financeiras: se você quer bênção financeira, precisa semear finanças! Essa
declaração incomoda você? Sabe então quem está te incomodando? Efetivamente não
sou eu! Porque o que falo tem fundamentação bíblica. Vejamos: “Mas digo
isto: aquele que semeia pouco, pouco
também ceifará; e aquele que semeia em abundância, em abundância também ceifará.
Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, nem por
constrangimento; porque Deus ama aquele que dá com alegria. 2 Coríntios 9:6,7”.
Essa passagem bíblica não se refere especificamente ao dízimo, mas às ofertas. Contudo,
fazendo-se uma análise exegética, vemos que o princípio presente no ato de
semear é o mesmo em ambos os casos!
Meus amigos, espero ter podido esclarecer a vocês a
importância e conseqüências de se devolver o dízimo! Embora algumas questões
sejam polêmicas ou pouco populares por diversos fatores, tenho um compromisso
com Deus quando escrevo essas mensagens, e não posso fugir do que ensina a
Bíblia Sagrada, por mais que isso possa desagradar alguém! Escrevo para agradar
a Jesus Cristo de Nazaré, não para agradar aos homens!
Que você tenha um excelente dia, buscando suas
respostas no manual deixado por nosso Deus - a Bíblia Sagrada - para que vivamos em perfeita harmonia com a sua vontade,
de modo que possamos obter efetivamente uma comunhão, intimidade e
relacionamento com nosso Pai amado!
“Mas buscai primeiro o reino de Deus e
a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas. Mateus
6:33”.
Grande Abraço,
Hélio
Roberto.