sábado, 31 de dezembro de 2016

Virada do ano. 7 ondinhas e roupa branca, pode?


“E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”. Jo 8:32

Queridos irmãos, longe de querer espiritualizar tudo, não podemos, por outro lado, desdenhar as questões espirituais. De forma avassaladora, a ignorância tem levado muitos ao sofrimento, ao afastamento de Deus, à idolatria e toda espécie de abominações segundo os parâmetros do Senhor.

Nessa última mensagem de 2016, quero tratar de algumas tradições bem presentes na cultura brasileira relacionadas ao ano novo, inclusive, algumas delas, praticadas por irmãos em Cristo.

Não é novidade para ninguém que, no Brasil, há a velha tradição de se pular 7 ondinhas na praia quando o relógio marca meia-noite do dia 31/12 para 01/01. Mas qual a origem e significado desse ritual?

Vamos lá. A primeira coisa a ser dita é que esse ritual está direcionado à Iemanjá. Iemanjá é a divindade associada à água salgada no Brasil. É a mãe dos outros orixás. Geralmente é representada sob a forma de sereia: cabeça, tronco e busto femininos e apêndice caudal de peixe. Sincretizada com Nossa Senhora da Conceição, das Candeias, do Carmo ou da Piedade, recebe oferendas rituais levadas ao mar por embarcações. Seus alimentos sagrados são o pombo, a canjica, o galo e o bode castrado. Dança vestida de azul, imitando o movimento das ondas do mar.

Esta entidade está associada à prática de rituais ligados à Umbanda. Mas por que 7 ondas? Segundo a seita em questão, 7 é um número que representa Exu, filho de Iemanjá. Além disso, quando se pula as 7 ondas no mar, invoca-se os poderes de Iemanjá para abrir caminhos para o próximo ano.

Ora irmãos, clarividente é que esse ritual se trata de adoração a demônios, contrariando os preceitos e mandamentos de nosso Senhor Jesus! O próprio Apóstolo Paulo nos ensinou que o que é oferecido a ídolos, é oferecido a demônios: “Antes digo que as coisas que os gentios sacrificam, as sacrificam aos demônios, e não a Deus. E não quero que sejais participantes com os demônios”. 1 Co 10:20

Não pratique essa adoração a demônios! Iemanjá trata-se de um demônio! Adore apenas ao Senhor Jesus, pois só Ele é Deus e digno de adoração!

A segunda tradição que desejo tratar nesse breve ensaio é a prática de se vestir roupas brancas na virada do ano, algo até inofensivo, à primeira vista. Mas qual a origem e significado dessa tradição?

A tradição de se usar branco durante o réveillon veio do Candomblé. Isso porque em meados dos anos 1970 alguns praticantes da religião, que tinham o costume de comemorar a virada do ano da praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, usavam a cor branca como representação da paz e da purificação enquanto jogavam flores para Iemanjá, a rainha do mar, segundo a cultura. 

Dado a grande influência católica no povo brasileiro, e considerando o intrínseco sincretismo religioso que há entre o catolicismo e o candomblé, muitos evangélicos que se converteram do catolicismo ainda carregam a cultura de vestir o branco, de forma supersticiosa, na virada do ano.

Irmãos, Jesus veio para nos libertar de todo e qualquer cativeiro! Precisamos estar atentos para que não venhamos a estar em práticas ligadas a demônios por pura ignorância ou superstição.

Você não precisa pular 7 ondas, o que você precisa e dobrar seus joelhos e agradecer a Jesus por tudo que Ele é e por tudo que Ele fez por você! Agradeça pelo ano de 2016 e entregue o ano de 2017 nas mãos do Amado de nossa alma, nosso Senhor Jesus!

Você não precisa usar roupas brancas de forma supersticiosa na virada de ano. Veja, não que seja proibido você usar qualquer coisa, afinal, Jesus nos tornou livres. O que não pode é que haja no seu coração a ideia de que isso te trará “sorte” ou tenha algum poder quanto ao ano seguinte.

Queridos, libertem-se das tradições internalizadas em épocas distantes de Jesus. Ademais, Paulo nos ensina que devemos nos apartar de toda e qualquer aparência do mal: Abstende-vos de toda a aparência do mal. 1 Ts 5:22

Veja, você já foi vestido de vestes resplandecestes lavadas pelo sangue de Jesus: “O que vencer será vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida; e confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos”. Ap 3:5. Você já venceu e, no mundo espiritual, já está purificado em Cristo

Oro a Deus que, em 2017, você seja mais cheio do Espírito Santo e que o conhecimento de Deus tome conta de sua vida, para que possamos adorar ao nosso Senhor Jesus com todas as nossas forças, amando-O, honrando-O, louvando-O e prostrando-nos a Ele por ser o nosso Deus: “Por esta razão, nós também, desde o dia em que o ouvimos, não cessamos de orar por vós, e de pedir que sejais cheios do conhecimento da sua vontade, em toda a sabedoria e inteligência espiritual; Para que possais andar dignamente diante do Senhor, agradando-lhe em tudo, frutificando em toda a boa obra, e crescendo no conhecimento de Deus; Corroborados em toda a fortaleza, segundo a força da sua glória, em toda a paciência, e longanimidade com gozo; Dando graças ao Pai que nos fez idôneos para participar da herança dos santos na luz; O qual nos tirou da potestade das trevas, e nos transportou para o reino do Filho do seu amor; Em quem temos a redenção pelo seu sangue, a saber, a remissão dos pecados”; Cl 1:9-14

Tenham todos um excelente 2017!

Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim”. Jo 14:6

Grande Abraço,


Hélio Roberto.
Twitter: @heliorsousa

quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

A glória da segunda casa será maior do que a da primeira


Mas será que a Bíblia diz mesmo isso?


Já perdi a conta de quantas vezes ouvi pregadores sinceros declararem com todo fervor que “A Glória da Segunda Casa Seria Maior do que a da Primeira”.
O intrigante é que esta famosa declaração é utilizada para os mais diversos fins, desde um novo casamento, um novo emprego, uma nova casa (literalmente) ou até mesmo um novo empreendimento ou uma nova cidade onde se vá morar. Encontramos até diversos louvores com essa afirmação. Mas será que a Bíblia realmente traz, em algum lugar, essa assertiva?
Vamos à análise do trecho da Palavra do Senhor que, ao ser utilizado de forma distorcida, dá origem a uma das mais famosas exclamações presente nos púlpitos brasileiros. O texto em comento está em Ageu 2:9, o qual diz o seguinte: A glória desta última casa será maior do que a da primeira, diz o Senhor dos Exércitos, e neste lugar darei a paz, diz o Senhor dos Exércitos”. Identificamos, de pronto, que a frase: “A Glória da Segunda Casa Seria Maior do que a da Primeira” está fadada a diversos equívocos. Vejamos:
A sã Exegese nos ensina que devemos entender o contexto histórico em que determinado livro foi escrito, bem como seu estilo literário. No caso em questão, o livro de Ageu trata-se de livro profético, e isto já nos traz à mente que devemos interpretá-lo como tal. Ademais, Ageu escreve seu livro em uma época em que o templo estava sendo restaurado.
Além disso, o termo hebraico traduzido neste versículo como casa – ניח – tem como melhor tradução a palavra: templo.
No contexto do Antigo Testamento, o templo significava o local onde Deus manifestava a Sua Glória, e assim foi com o Templo que Salomão edificou a Deus: “Tendo Salomão acabado de orar, desceu fogo do céu e consumiu o holocausto e os sacrifícios; e a glória do Senhor encheu a casa. Os sacerdotes não podiam entrar na Casa do Senhor, porque a glória do Senhor tinha enchido a Casa do Senhor. 2 Cr 7:1-2.
 Assim, o significado bíblico de templo, segundo o contexto do Antigo Testamento, no qual o profeta Ageu estava inserido, era o local onde Deus manifestava a sua Glória.
Outro ponto interessante é que o texto bíblico em nenhum momento fala de “segunda” casa, mas sim da “última” casa. Mas por que será? Ora, segundo o real significado do termo “casa/templo”, o profeta Ageu está dizendo que a Glória do último templo seria maior do que a do primeiro.
E é agora que surge o de mais maravilhoso nesse texto: o profeta Ageu estava falando de Jesus Cristo! Esse é mais um maravilhoso texto messiânico do Antigo Testamento. Explico: é que o último e maior templo por meio do qual Deus manifestou a Sua Glória foi Jesus Cristo, e Ele mesmo testificou isso: “Jesus respondeu, e disse-lhes: Derribai este templo, e em três dias o levantarei”. Jo 2:19. Nesse texto, Jesus estava falando de si mesmo, o que de fato se cumpriu, visto que morreu e ressuscitou ao terceiro dia.
Assim, o último templo, no qual a glória seria maior do que a do primeiro, é Jesus Cristo! Em um momento em que a nação de Israel sonhava com o retorno da Glória de Deus por meio da reconstrução do templo, o profeta traz a maravilhosa mensagem do Senhor de que, na verdade, viria o último templo, por meio do qual a Glória de Deus se manifestaria de forma nunca vista, e esse templo é o nosso Senhor Jesus!
Ao contrário do teor que muitos empregam a esse texto de Ageu, a verdade é que se trata de um texto profético e messiânico, apontando para o nosso Senhor e Mestre Jesus Cristo.
É muito perigoso o hábito de isolar um versículo específico da Bíblia e inferir interpretações diversas do que aquilo que o texto realmente quer dizer. A Hermenêutica nos ensina que a Bíblia se explica, ou seja, a própria Bíblia traz o significado de suas passagens, por meio de textos correlatos e explicativos.
Queridos irmãos, instituir doutrinas a partir de versículos isolados tem dado origem a muitas heresias, de onde se extrai a máxima: “texto sem contexto é pretexto para heresia”.
Que nosso Senhor nos abençoe e gere em nossos corações a responsabilidade para com o verdadeiro significado das Escrituras.
Grande Abraço,
Hélio Roberto.
Twitter: @heliorsousa
Fonte: GospelPrime
P.S.: Esse artigo foi escrito por mim e publicado no Gospel Prime.

sábado, 24 de dezembro de 2016

Então é Natal: E o dono da festa? Não foi convidado...



Queridos irmãos, infelizmente, dado os conceitos da pós-modernidade, muitos de nossos valores cristãos estão sendo substituídos por um mundo totalmente inimigo de Deus. Não precisamos ir muito longe para identificar essa triste realidade, basta olhar para a Páscoa e para o Natal, os dois maiores e mais notáveis eventos do Cristianismo.

Este mundo vive um completo distanciamento de Deus, a ponto de tudo aquilo que é ligado a Cristo ter que, necessariamente, ser relativizado, minimizado ou até mesmo substituído por qualquer outra coisa que não tenha relação com Jesus.

A Páscoa não é mais comemorada, em muitas culturas, como o evento maior do Plano de Deus: a Ressurreição de Cristo; sendo tão somente um coelho mutante que põe ovos de chocolate, alimentando um conceito mercadológico cada vez mais voraz.

De modo semelhante, Jesus, em muitas casas e famílias, deixou de ser o centro do Natal, dando lugar ao Papai Noel e à árvore de natal. A título exclusivamente elucidatório, permita-me fazer um interlúdio para explicar a origem dessas duas figuras. O tal do Papai Noel tem origem, segundo a lenda, em um bispo da Igreja Católica de nome São Nicolau de Mira, que viveu no século IV d.C. na região da Turquia, o qual costumava dar presentes àquelas criancinhas que tinham se comportado bem durante o ano.

Já a malfadada árvore de natal tem origem na Babilônia, região dominada pela idolatria e pelo misticismo. Para este e outros povos pagãos, a árvore de natal era uma forma de celebrar a mãe terra em sintonia com os céus, e as “bolinhas” de enfeite celebravam a fertilidade da natureza. Veja que Papai Noel e árvore de natal não têm absolutamente nenhuma relação com Cristo.

Findo o interlúdio, voltemos ao tema principal: Jesus tem sido esquecido por essa sociedade avessa a Deus e perdida em si mesma. Ora, Natal é a comemoração do nascimento de nosso Salvador! Como outrora avisado por Deus, o nosso Redentor viria para nos reconciliar com Deus, anulando o peso e o poder do pecado em nossas vidas, e Ele veio: “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz”. Isaías 9:6.

Não podemos realizar uma festa de aniversário sem convidar o aniversariante! Isso seria, além de ingrato, algo que beira a insanidade. Onde já se viu comemorar o aniversário de alguém sem que esse alguém seja ao menos citado?

Nesse natal, não perca a oportunidade de falar de Jesus, afinal, Ele é o dono da festa! E Ele é um aniversariante tão esplendoroso que nós é que somos os presenteados! Ele é a razão de toda alegria e felicidade que habita em nossos corações. Jesus Cristo é tudo!

Queridos irmãos, não esqueçam também de agradecê-lo por tudo o que Ele fez por cada um de nós naquela cruz, e foi porque Ele um dia nasceu, morreu e ressuscitou que podemos dizer bem alto e forte: Eu sou filho de Deus!

Muita paz, felicidades, alegria e, sobretudo, muita presença e intimidade com o dono da festa: Jesus Cristo de Nazaré, pois sem Ele não há nem paz, nem felicidades, tampouco alegria, mas com Ele há tudo isso e muito mais: há Salvação!

“Porque, se pela ofensa de um só, a morte reinou por esse, muito mais os que recebem a abundância da graça, e do dom da justiça, reinarão em vida por um só, Jesus Cristo. Romanos 5:17

Grande Abraço e um Feliz Natal!


Hélio Roberto.
Twitter: @heliorsousa

sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

A profecia que mata


Fonte: Gospel Prime



Nos dias atuais o tema “Profecia” está muito em voga. Há pessoas no meio evangélico que nem mais congregam em uma igreja local; vivem de igreja em igreja correndo atrás de “profetas”, guiando suas vidas por profecias, tratando-as como verdade absoluta, afinal, muitas dessas profecias são anunciadas por homens com verdadeiro testemunho cristão. Mas será que isso é suficiente? Faremos uma análise minuciosa do capítulo 13 do livro I Reis, e veremos os cuidados que precisamos tomar quando o tema é profecia.
O texto em tela trata de um homem de Deus (é assim que a Bíblia o retrata) que fora enviado de Judá para Betel, cidades estas que ficavam cerca de 33 km de distância uma da outra. Esse Homem havia sido enviado por Deus para profetizar acerca do que aconteceria com a nação, bem como com os seus sacerdotes.
Na análise desse texto, vou abordar três eixos principais, quais sejam: (1) O Homem de Deus como Profeta; (2) A Responsabilidade do Profeta Velho e (3) Postura ao Ouvir uma Profecia.

O Homem de Deus como Profeta

É importante iniciar esse tópico com a afirmação de que as Escrituras testificam que aquele homem, de fato, era um homem de Deus: “E eis que, por ordem do SENHOR, veio, de Judá a Betel, um homem de Deus; e Jeroboão estava junto ao altar, para queimar incenso”. I Rs 13:1. Assim, precisamos entender que quem diz se determinado profeta é ou não um verdadeiro homem de Deus são as Escrituras e as diretrizes emanadas pela Palavra.
Ademais, o verdadeiro profeta de Deus tem suas palavras, então profetizadas, cumpridas em determinado momento. Nessa ocasião, o homem de Deus profetizara que os ossos daqueles sacerdotes instituídos por Jeroboão, sacerdotes estes sem qualquer temor diante de Deus, que tampouco pertenciam à linhagem de Levi (requisito obrigatório ao sacerdócio no Antigo Testamento) seriam queimados por um rei que seria levantado por Deus, de nome Josias: “E ele clamou contra o altar por ordem do Senhor, e disse: Altar, altar! Assim diz o Senhor: Eis que um filho nascerá à casa de Davi, cujo nome será Josias, o qual sacrificará sobre ti os sacerdotes dos altos que sobre ti queimam incenso, e ossos de homens se queimarão sobre ti”. I Rs 13:2.
Ora, de fato, tal profecia se cumpriu. Vejamos: “E, virando-se Josias, viu as sepulturas que estavam ali no monte; e mandou tirar os ossos das sepulturas, e os queimou sobre aquele altar, e assim o profanou, conforme a palavra do Senhor, que profetizara o homem de Deus, quando anunciou estas palavras”. II Rs 23:26
Veja, assim aprendemos que quando uma profecia vem da parte de Deus, necessariamente ela se cumprirá. Esse é um dos filtros que devemos adotar quanto às profecias recebidas. Se for de Deus, então se cumprirá! Simples assim.
Além disso, é importante que o homem de Deus tenha bastante cuidado com o que lhe é ofertado, seja pelo mundo, seja por irmãos em Cristo. É que se o profeta estiver voltado à oferta, há grande risco de que seu coração se corrompa. Veja, no caso em questão, o homem de Deus rejeitou a oferta do rei Jeroboão, depois de demonstrar poder da parte de Deus ao profetizar, realizar um sinal de que falava pela boca de Deus e orar para que a mão do rei fosse sarada. Após realizar esses feitos, Jeroboão lhe oferece uma recompensa, que é prontamente rejeitada: Então respondeu o rei, e disse ao homem de Deus: Suplica ao Senhor teu Deus, e roga por mim, para que se me restitua a minha mão. Então o homem de Deus suplicou ao Senhor, e a mão do rei se lhe restituiu, e ficou como dantes. E o rei disse ao homem de Deus: Vem comigo para casa, e conforta-te; e dar-te-ei um presente. Porém o homem de Deus disse ao rei: Ainda que me desses metade da tua casa, não iria contigo, nem comeria pão nem beberia água neste lugar. I Rs 13:6-8.
Portanto, o homem de Deus precisa tomar muito cuidado com o que lhe é ofertado, guardando seu coração. Não que oferta não seja de Deus. O que a oferta não pode virar é uma recompensa; nesse caso deixa de ser oferta e passa a ser pagamento. Cuidado!

A Responsabilidade do Profeta Velho

Nesse ponto quero trazer à baila a responsabilidade dos profetas mais velhos do Senhor. No caso descrito nesse capítulo da Bíblia, o homem de Deus havia deixado claro que a ordem do Senhor era para que ele não comesse nem bebesse naquele lugar, e que não voltasse pelo mesmo caminho. E ele mesmo, o homem de Deus, tinha plena consciência disso, até que, ao descansar embaixo de uma árvore, aparece um homem que o convida para comer em sua casa. De pronto, o homem de Deus, mais uma vez recusa o convite do desconhecido.
Em seguida, aquele homem diz o seguinte: “E ele lhe disse: Também eu sou profeta como tu, e um anjo me falou por ordem do Senhor, dizendo: Faze-o voltar contigo à tua casa, para que coma pão e beba água (porém mentiu-lhe)”. I Rs 13:18.  Ao ouvir que quem lhe falara também era profeta, o homem de Deus flexibiliza a ordem do Senhor e cede ao convite.
Talvez aquele pedido tenha sido visto pelo homem de Deus como um cuidado do Senhor, afinal ele estava sem comer e sem beber, depois de uma viagem de no mínimo 33 km a pé ou de jumento. O que precisamos aprender é que a Palavra do Senhor deve sempre ser seguida, ainda que as credenciais daqueles que nos falam sejam incontestáveis e independentemente da dor que estejamos sentindo! O homem de Deus tinha uma Palavra expressa da parte do Senhor, nós também a temos hoje, a Bíblia Sagrada. Não deixemos a Palavra do Senhor de lado, vislumbrados pelas credenciais de quem fala conosco, ainda que, aparentemente, fale em nome de Deus.
O profeta velho tinha a responsabilidade de falar a verdade, de falar em nome do Senhor. Ao invés disso, ele mente. Essa mentira gera a morte do homem de Deus, que desobedeceu ao Senhor em função da falsa profecia do profeta velho. Irmãos, se uma falsa profecia tem o poder de matar um homem de Deus, quiçá um fraco na fé ou um novo convertido! Os profetas mais experientes têm a responsabilidade de preservar a Palavra do Senhor em seu meio!

Postura ao Ouvir uma Profecia

Finalizando, quero deixar algumas orientações quanto à qual deve ser nossa postura ao ouvir uma profecia. Primeiramente, não devemos desprezar as profecias. Precisamos tomar cuidado para que nossos corações não se fechem ao que é profetizado: “Não desprezeis as profecias”. 1 Ts 5:20. Em seguida, temos que ter cravado em nossos corações que é a Palavra de Deus a única autoridade para confirmar uma profecia, ou seja, se determinada profecia contraria a Palavra de Deus deve ser imediatamente descartada! Nunca aceite uma profecia que não passe pelo crivo da Palavra do Senhor.
Outro ponto que deve ser observado é que as profecias precisam ser julgadas! Ora, se a profecia precisa ser julgada é porque ela não é absoluta em si mesma: E falem dois ou três profetas, e os outros julguem. 1 Co 14:29. Precisamos julgar as profecias, segundo a Palavra do Senhor! Queridos irmãos, não podemos seguir nossas vidas segundo profecias! Precisamos viver segundo a Palavra!
Por fim, precisamos entender a finalidade da profecia. A profecia tem 3 finalidades: Edificação, Exortação e Consolação: Mas o que profetiza fala aos homens, para edificação, exortação e consolação. 1 Co 14:3
Queridos irmãos, em nome de Jesus, não corram atrás de profetas! Se Deus quiser falar com você, Ele falará! Seja por meio da Bíblia, seja por meio de sonhos, seja por meio de visões, seja por meio de uma pregação! E se Ele quiser falar com você por meio de um profeta, Ele enviará um profeta até a sua casa ou onde você estiver, porque Ele é Deus Todo-Poderoso. Não viva correndo atrás de “profetadas”, ouvindo “recados” segundo a carne. Viva a Palavra do Senhor. Não queira ajudar Deus a ser Deus. Viva segundo as Escrituras; julgue as profecias, segundo a Palavra, independentemente do profeta; e se a profecia for de Deus, ela se cumprirá.
“Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema”. Gl 1:8
Grande Abraço,
Hélio Roberto.
Twitter: @heliorsousa

sábado, 26 de novembro de 2016

O Céu recebe um grande homem: Pr. Russell Shedd morreu


Irmãos, meu coração dói com a notícia da morte do Pr. Russell Shedd. Eu e minha família tivemos a honra de conviver dois dias inteiros com o Dr. Shedd, quando ele esteve em abril desse ano em nossa igreja para nos edificar em um Congresso Teológico sobre Discipulado na Vida Cristã.

Humildade: essa é a palavra que retrata esse Gigante de Cristo! Glorifico a Deus pelo exemplo desse homem, e peço ao Senhor Jesus que as maravilhosas lembranças dos momentos que passamos com o Pr. Shedd nunca se apaguem de nossa memória. Em breve, escreverei, o que pode virar um livro, um detalhado relato desses dois dias que passamos juntos, dias estes que marcaram a minha vida cristã.

Com toda certeza esse é o dia mais glorioso da vida desse arauto da Palavra de Deus: o Dia em que ele se encontrará com o Amado de sua alma: Jesus Cristo. Imagino o Dr. Shedd sendo recebido pelo Senhor Jesus com um grande abraço e sorriso do nosso Mestre...


Segue a nota oficial da Editora Vida Nova sobre a morte do Pr. Shedd:

Com enorme pesar, informamos que nosso fundador e presidente emérito, o Dr. Russell Phillip Shedd, faleceu na madrugada de hoje.
Juntamente com a igreja brasileira, lamentamos profundamente a perda deste servo valoroso, que deixará uma lacuna irreparável. Ainda assim, alegramo-nos no Senhor por saber que ele, tal como o Apóstolo Paulo, combateu o bom combate, terminou a carreira, guardou a fé e tem reservada para si a coroa da justiça.
Fiel mensageiro da Palavra, o Dr. Shedd foi incansável em seu ministério, tendo percorrido todo o Brasil como conferencista e professor, pregando e palestrando em congressos, igrejas, seminários e faculdades de Teologia. Foi exemplo extraordinário de uma vida de amor à Palavra. A literatura e o ensino teológicos no Brasil devem muito à incansável, inspiradora e comovente dedicação desse grande servo de Deus.
Ele deixa a esposa, dona Patricia Shedd, com quem foi casado por 59 anos, além de 5 filhos (Timothy, Nathanael, Pedro, Helen e Joy), 14 netos (Laura, Kelley, Rebecca, Katherine, Leander, Cayenne, Henry, Jonathan, Michael, Stephanie, Evelyn, Scott, Susan e Katie) e uma bisneta (Izabella).
O velório será a partir de amanhã (27/11) na Igreja Bíblica Evangélica da Comunhão, Rua Tito 240, Vila Romana – São Paulo. O enterro será na próxima quarta-feira (30/11) no Cemitério da Paz, Rua Doutor Luiz Migliano, 644, São Paulo.
Um breve relato da vida e da obra de Russell Shedd
Russell Phillip Shedd nasceu em Aiquile, pequena cidade boliviana, no ano de 1929. Aos dez anos de idade, já falava espanhol, inglês e aprendera também o dialeto local. A semente de seu amor à Palavra germinou já na mais tenra infância, quando o menino acompanhava os pais, Leslie e Della Shedd, ambos missionários, em percursos evangelísticos pelas aldeias da Bolívia.
No início da adolescência, volta com os pais e irmãos para os Estados Unidos e cursa o segundo grau em duas instituições: Westervelt Home e Wheaton College Academy. Depois disso, a profunda sede pelo conhecimento da Palavra leva o jovem Shedd a uma intensa jornada de cursos. Primeiro, estuda Teologia no Wheaton College, onde recebe o grau de bacharel com especialização em Bíblia e Grego. Depois, decide fazer um mestrado em estudos do Novo Testamento na Wheaton College Graduate School. Muda-se então para o estado da Filadélfia e matricula-se no Faith Seminary, onde adquire o título de mestre em Teologia, em 1953. Dois anos depois, aos 25 anos de idade, conquista o grau de doutor em Filosofia (PhD) na renomada Universidade de Edimburgo, na Escócia. Em 1955, volta para os Estados Unidos e aceita o cargo de professor no Southeastern Bible College, em Birmingham, no estado do Alabama, onde conhece uma aluna, Patricia Dunn, com quem viria a se casar em 22 de junho de 1957.
Tendo os olhos e o coração voltados para a obra missionária, em 1959 o jovem casal é enviado pela Conservative Baptist Foreign Mission Society (CBFMS) para Portugal. Ali, Russell Shedd recebe com grata satisfação o encargo de acompanhar um ministério de literatura em formação. Denominado “Edições Vida Nova”, esse ministério fora fundado com o propósito de fornecer textos teológicos básicos e obras de referência bíblica para estudantes, professores e pastores.
Passados três anos, Russell Shedd e os demais missionários notaram que o programa de publicações sofria duas sérias limitações: os altos custos de impressão e a baixa e lenta demanda dos livros na minúscula comunidade evangélica portuguesa. Após muitas orações e deliberações, os olhos dos missionários voltam-se para um país do outro lado do Atlântico, com uma comunidade evangélica maior e em franco crescimento, contando ainda com a possibilidade de baixos custos na produção editorial. O plano inicial era que Russell Shedd ficasse dois anos no Brasil com o objetivo de implantar uma ação editorial em São Paulo e depois voltasse para Portugal.
Em agosto de 1962, o casal Shedd chega ao Brasil, onde permanece, sem retornar a Portugal, e onde Russell Shedd passa a ensinar e a inspirar amor à Palavra de Deus, dando continuidade ao ministério de Edições Vida Nova. Ele sempre se dedicou de corpo e alma ao estudo e ao ensino das Escrituras, seja na área do ensino teológico, seja na área de publicação de livros evangélicos que facilitassem a compreensão e o conhecimento das Escrituras, sendo mais de 25 deles de sua autoria. Por muito tempo esteve à frente do ministério de Edições Vida Nova e, embora há vários anos tivesse passado a presidente emérito, jamais deixou de amar e participar dessa obra. Também atuou como consultor da Shedd Publicações. Sua influência perdura até hoje mesmo depois de aposentado, sendo um ativo influenciador de líderes e membros da igreja brasileira.
Na Faculdade Teológica Batista de São Paulo foi professor de Novo Testamento e diretor do Departamento de Novo Testamento e Exegese. Lecionou também em outras renomadas instituições ao redor do mundo.
Somos profundamente gratos a Deus pela forma maravilhosa em que usou o dr. Shedd para influenciar e impactar a todos a quem ele teve a oportunidade de discipular, usando-o também por meio de aulas e palestras e dos muitos livros escritos ou editados por ele. Com certeza, seu exemplo e ensino serão seguidos por muitos anos. Todos os que o conheceram só podem dizer, juntamente com ele, Soli Deo gloria!

Último vídeo gravado pelo Pr. Shedd, em que ele fala da graça de sofrer e estar mais perto de Jesus:

Hélio Roberto.

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Billy Graham pede que cristãos não usem a Bíblia para fazer “adivinhações”


Em sua já conhecida sessão de perguntas e respostas publicada no site da Associação Evangelística que leva o seu nome, Billy Graham foi questionado sobre a veracidade do chamado “Código da Bíblia” e se os cristãos devem segui-lo.
Além do livro polêmico com esse nome, publicado em 2003 pelo matemático israelense Eliyahu Rips e o jornalista americano Michael Drosnin, o método de procurar “previsões” nas letras do texto original da Torá com certa frequência é mencionado por rabinos. Ele faz parte de uma antiga tradição mística judaica, relacionada com a Cabala.
O leitor do site perguntou ao evangelista: “Meu amigo acredita que a Bíblia foi escrita em algum tipo de código secreto e que contém todo tipo de mensagem oculta sobre o futuro. Até me mostrou um livro que supostamente explica tudo isso. Ele poderia estar certo?”
O pregador de 98 anos respondeu que as reivindicações da existência de um “Código da Bíblia” são falsas, pedindo também que os cristãos não depositem sua confiança nessas ideias.
“Não, essas especulações não são verdadeiras. Você não deve acreditar nelas – por mais convincentes que pareçam”, escreveu Graham. “Um especialista em computação disse-me certa vez que poderia fabricar uma” mensagem secreta “em quase qualquer texto de literatura, se ele apenas tentasse um número suficiente de vezes e tivesse um computador poderoso o suficiente para isso!”
Em seguida, Graham explicou que “Quando os profetas do Antigo Testamento entregavam a mensagem que Deus tinha lhes dado, seus ouvintes a compreendiam (mesmo que nem sempre a obedecessem). Quando Jesus pregou aos milhares que se aglomeravam para ouvi-Lo, usou palavras que todos podiam facilmente entender”.
Citando trechos da Bíblia, lembrou que Deus disse ao profeta Habacuque que escrevesse a revelação e que ela fosse compreensível (Hb 2:2), enfatizando também que quando Paulo e os outros apóstolos escreveram cartas aos primeiros cristãos, sua mensagem era clara.
Finalizou dizendo que a mensagem clara da Bíblia é sobre Jesus Cristo e seu amor por nós. Se há algum empecilho para se entender a mensagem ele deixa de existir quando abrimos nosso coração para Deus.

Previsões certas e erradas
Nos meses que antecederam a eleição, defensores do Código da Bíblia fizeram diferentes previsões sobre quem seria eleito o próximo presidente dos EUA. Um especialista afirmava que Donald Trump iria vencer, enquanto outro insistia que Hillary Clinton seria vitoriosa.
Matt Slick, fundador e presidente do Christian Apologetics and Research Ministry, afirmou ao The Christian Post: “Definitivamente há padrões numéricos nas Escrituras, que às vezes são muito interessantes e convincentes. No entanto, o conceito de um código da Bíblia, na minha opinião, parece um pouco exagerado”.
“Pelo que eu entendo, o mesmo conceito aplicado em outros livros, como Moby Dick, por exemplo, pode produzir resultados semelhantes… Então, eu não coloco muita credibilidade nele.”
Fonte: GospelPrime

sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Antes de serem decapitados, cristãos clamaram pelo nome de Jesus


Em fevereiro de 2015, o mundo todo soube da execução de 21 cristãos egípcios numa praia da Líbia. O vídeo com as imagens deles caminhando, vestindo macacões laranja, tornou-se um símbolo da intolerância religiosa do grupo terrorista Estado Islâmico (EI).
O título do vídeo divulgado pelo EI já continha uma ameaça: “Uma mensagem assinada com sangue para a nação da Cruz”. Segundo a advogada e ativista pelos direitos humanos Jacqueline Isaac, a maior parte do material não foi exibido pelos meios de comunicação.
Eles evitaram mostrar o momento em que as vítimas se negam a se converter ao islamismo. Alguns dos cristãos fizeram ali suas últimas orações. Quando estavam prestes a ser decapitados, todos gritaram em uníssono “Ya Rabbi Yasou”, uma invocação comum entre os cristãos egípcios, que significa “Ó, meu Senhor Jesus.”
O especialista em terrorismo e autor de livros sobre o assunto Walid Shoebat, esclarece: “Em outras palavras, a eles foi dada a opção de se converter ao Islã ou morrer. E todos se recusaram, sendo fiéis até à morte”.
Isaac participou este mês de uma reunião sobre “Estado Islâmico e minorias religiosas”, promovida pelo Comitê de Relações Exterior do Congresso dos EUA, onde ela denunciou a dificuldade do governo em tratar o que acontece no Oriente Médio como genocídio de cristãos.
A advogada explicou que esteve no Egito e visitou as famílias de 15 daqueles homens mortos na Líbia. “Fiquei impressionada com a fé deles”, disse ela ao site cristão CNS. “Sendo cristã, pensei como seria se eu estivesse naquela situação. Ouvi os pais deles dizendo: ‘Graças a Deus hoje [meus filhos] estão no céu’.”
A ativista destacou a história de um dos 21 egípcios que foram para a vizinha Líbia atrás de trabalho e acabaram capturado e mortos pelos jihadistas. Poucos dias antes de ser decapitado, ele havia pedido à sua esposa que independentemente do que acontecesse com ele, seus filhos deveriam aprender “sobre a fé em Jesus Cristo.”
A esposa desse homem, que não teve o nome revelado, disse que ele sabia que era perigoso e que podia não voltar vivo, mas sua preocupação principal era com o futuro dos filhos.
A senhora Isaac afirma que também esteve no Iraque, onde, por causa da perseguição muitos yazidis estão se convertendo. “Eu vi isso no Iraque, onde um grupo de yazidis encontrou uma igreja cristã e recebeu apoio de todos, que lhes ofereceram abrigo e cuidado… [As minorias] estão lutando; estão dando tudo o que têm”.
O missionário líbio Shahid (nome trocado por questões de segurança), contou no programa cristão Leading The Way, que batizou muçulmanos convertidos na mesma praia da Líbia onde cristãos coptas foram decapitados pelos extremistas do Estado Islâmico.
Fonte: Gospel Prime