domingo, 25 de junho de 2017

segunda-feira, 19 de junho de 2017

Papa Gregório, purgatório e o perigo das superstições


Cuidado com as superstições momentâneas e factoides!


O objetivo desse artigo é elucidar aos irmãos na fé em Cristo quanto à origem do dogma católico do purgatório, bem como seus perigos e afrontas às Sagradas Escrituras.
Não obstante o dogma católico do purgatório ter sido declarado através dos Concílios de Florença (1.431 – 1.438) e de Trento (1.545 – 1.563), sua origem remonta há quase mil anos antes. Foi por meio do papa intitulado: Gregório, o Grande, que a doutrina do purgatório começou a ganhar corpo.
O papa Gregório esteve à frente da igreja romana entre os anos de 590 a 604 d.C. Eleito em um período de declínio político, social e religioso na região da Itália, o papa Gregório assumiu o posto de líder da igreja católica após a morte do papa Pelágio II, morto em função da peste que assolou a região. É importante ressaltar que, nesse período, o papado ainda se submetia, em certa medida, ao poder temporal dos imperadores.
Como Constantinopla (sede do império) era omissa quanto à política e necessidades de Roma, o papa Gregório assumiu o vácuo deixado pelo império, sendo considerado o precursor do poder temporal do papado, assumindo atividades como o pagamento dos soldados, a provisão alimentar dos pobres, bem como a imposição das questões teológicas do catolicismo, a serem seguidas pelos bispos sob a égide da igreja católica.
Nesse contexto, o papa Gregório, com grande habilidade política, agraciou com títulos eclesiásticos diversas autoridades políticas locais, como moeda de troca para que suas doutrinas fossem impostas pelos imperadores em suas respectivas áreas de jurisdição. Foi assim que o papa Gregório conseguiu implantar suas ideias nas regiões influenciadas pela igreja católica.
É bem verdade que este papa nunca foi um grande pensador do ponto de vista teológico. Ele mesmo se intitulava discípulo de Agostinho, tendo os ensinos e conjecturas de seu mestre como verdade absoluta, contrariando a própria postura de Agostinho (que apenas refletia sobre determinados pontos, sem fechar uma posição).
Como Agostinho certa feita chegou a conjecturar que poderia haver um local de purificação dos mortos, sem apresentar uma conclusão fechada sobre essa questão, Gregório se apodera dessa divagação agostiniana e passa a apregoar que essa era uma verdade absoluta! De fato, este papa, conquanto sua notável habilidade política, era um homem deveras supersticioso, que se deixava levar por todo vento de superstição, como uma folha que é levada sem qualquer rumo certo pela força do vento. Para Gregório, esse “vento” eram suas diversas superstições.
Antes de continuar a exposição, precisamos apresentar como o catecismo católico apresenta o dogma do purgatório, vejamos:
“1030. Os que morrem na graça e na amizade de Deus, mas não de todo purificados, embora seguros da sua salvação eterna, sofrem depois da morte uma purificação, a fim de obterem a santidade necessária para entrar na alegria do céu.” (grifos nossos)
Como se pode depreender do item acima, extraído do atual catecismo católico, o purgatório seria o local no qual aquele que morre em comunhão com Deus deve passar um período de castigo ou pena para que esteja em santidade suficiente para entrar no céu.
Conforme nos ensina o egrégio Prof.º Justo L. Gonzalez, segundo a visão gregoriana, a forma como se poderia oferecer uma satisfação a Deus pelos pecados se dava através da penitência, que se subdividia em 3 fases: arrependimento, confissão e pena ou castigo, o que, em conjunto com o perdão sacerdotal, confirmava o perdão de Deus. Assim, segundo o dogma do purgatório, era necessário o cumprimento do castigo ou da pena para que o perdão fosse completo.
Além disso, segundo o dogma do purgatório, o famigerado local de sofrimento só teria uma saída: o céu, devendo passar pelo purgatório todos aqueles que se arrependeram e confessaram os seus pecados, mas não pagaram as respectivas penas ou castigos.
Vencida esta exposição necessária ao esclarecimento do que é o dogma do purgatório, vamos à sua breve análise, segundo as Escrituras Sagradas.
O principal problema do dogma do purgatório é que ele diminui a eficácia do sacrifício salvífico de Cristo. A obra expiatória de Jesus na cruz foi plena e suficiente para nos livrar de toda e qualquer condenação, conforme o próprio Ap. Paulo declarou: “Portanto, nenhuma condenação há para aqueles que estão em Cristo Jesus.” Rm 8:1 (grifos nossos)
Desde quando Deus se agrada em levar seus filhos ao sofrimento? E desde quando o sofrimento e a penitência nos purificam de alguma coisa? O único que tem poder de nos limpar de todo pecado é o sangue de Jesus, e não um local de sofrimento e dor, como se isso tivesse alguma eficácia. O que há após a morte é o juízo de Deus, seja para o céu, seja para o inferno: “E, como aos homens está ordenado morrerem apenas uma só vez, vindo depois disso o juízo.” Hb 9:27 (grifos nossos)
Precisamos entender como a mera superstição de um papa (Gregório) foi capaz de instituir um dogma sem qualquer fundamentação bíblica, que na verdade mitiga a obra expiatória de Jesus.
Quando o dogma do purgatório foi formalmente declarado através dos Concílios de Florença e Trento, ele já estava instituído de fato nos mosteiros e paróquias da igreja romana, dado que sua imposição se iniciou, como vimos acima, com o papa Gregório, no final do séc. VI. O que os Concílios fizeram foi apenas formalizar o que já era crido e praticado nos locais sob jurisdição da igreja católica.
Não é à toa que precisamos sempre recorrer, como última ratio regis, à Bíblia Sagrada em matéria de fé e doutrina, para que não venhamos a ser levados por superstições momentâneas e factoides, institucionalizando dogmas contrários às Escrituras e à verdade de Deus posta na Bíblia.
Segundo a Bíblia, que é a Palavra de Deus, não existe qualquer purgatório! Isso nunca foi ensinado por quaisquer dos pais da Igreja. Não há nenhum fundamento bíblico.
Portanto, creia no alcance expiatório de Jesus Cristo; arrependa-se dos seus pecados, e não acredite que haverá qualquer redenção pós-morte, pois é uma grande mentira. Viva esta vida em completo amor a Deus, com a plena consciência de que se confessarmos nossos pecados, Deus é fiel e justo para nos livrar de toda iniquidade, sem a necessidade de absolutamente mais nada, pois Jesus já pagou o preço dos meus e dos seus pecados!
Que Deus te dê entendimento e que a luz do Evangelho resplandeça sobre os seus olhos!
Graça e Paz!
Hélio Roberto.
Twitter: @heliorsousa
Referências:
  1. http://www.vatican.va/archive/cathechism_po/index_new/p1s2cap3_683-1065_po.html
  2. GONZALEZ, Justo L.. Uma História Ilustrada do Cristianismo: A Era das Trevas. Vol 3

Fonte: Artigo escrito para o site GospelPrime.

sábado, 17 de junho de 2017

Chantageadores de Deus


Como pode o homem, que é pó, achar que pode "pressionar" a Deus?


A falta de relacionamento com Deus gera pouco, ou nenhum, conhecimento do caráter de Deus. Como consequência disso, tomam-se como verdadeiras uma série de condutas diante de Deus que, na verdade, contrariam de forma brutal a essência do Senhor apresentada nas Escrituras Sagradas.
O famoso “evangelho da barganha“, tão em voga nos dias atuais, evidencia que muitos que se dizem seguidores de Jesus, na verdade, nunca conheceram o bom Mestre!
O mais alarmante, e já previamente avisado por Cristo, é a quantidade de “pastores” e “líderes” que ensinam de forma deliberada que o crente tem “direitos” diante de Deus, devendo exigir do Criador aquilo que deseja. Comum é alguns chegarem a “ameaçar” a Deus caso o pedido apresentado não seja atendido. Apresentam discursos de que não mais servirão a Deus caso Ele não atenda à respectiva petição. Isso é tão absurdo! Desde quando Deus precisa de alguma coisa? Aquele que se afasta Dele é que está fadado à maior pena de toda a existência: a ausência do Amado e Maravilhoso Espírito Santo!
Não obstante, os incautos esquecem, ou mesmo nunca observaram o texto que diz: “Terei misericórdia de quem me aprouver ter misericórdia e compadecer-me-ei de quem me aprouver ter compaixão. Assim, pois, não depende de quem quer ou de quem corre, mas de usar Deus a sua misericórdia.” Rm 9:15,16
Como pode o homem, mero mortal, achar que pode “exigir” alguma coisa de Deus, o Ser mais Absoluto, Supremo e Perfeito de toda a existência? Isso reflete a reiterada tentativa de diminuir Deus, por parte de alguns líderes, impedindo que suas ovelhas conheçam de forma verdadeira ao Deus Todo-Poderoso.
O Evangelho que durou 2.000 anos não é esse “evangelho” mercantilista e interesseiro! Ser cristão no início do Cristianismo significava risco de morte! Não havia conversão a Cristo sob a ótica de ganhar qualquer coisa, mas sim pela completa rendição ao Senhor Jesus, ainda que isso significasse ir para a fogueira ou ser lançado às feras no Coliseu.
Precisamos dizer NÃO a estas mentiras diabólicas apregoadas por muitos que se dizem cristãos. Obviamente, Deus é abençoador e tem prazer em abençoar seus filhos. Mas ninguém, absolutamente ninguém, tem qualquer direito de exigir qualquer coisa que seja de Deus. Isso apenas constata um relacionamento raso e superficial com Deus, ou até mesmo, sua completa ausência, como o próprio Cristo disse: Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! Entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E em teu nome não expulsamos demônios? E em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade.” Mt 7:21-23
O verdadeiro servo de Deus adora ao Senhor pelo que Ele é, e não pelo que Ele pode dar. Sejamos como os 3 amigos de Daniel, que diante da ameaça de serem queimados vivos pelo rei Nabucodonosor bravamente bradaram que, se Deus quisesse, Ele os livraria, mas se não quisesse, ainda assim eles não adorariam à estátua de Nabucodonosor, ou seja, não negariam sua adoração a Deus: “Eis que o nosso Deus, a quem nós servimos, é que nos pode livrar; ele nos livrará da fornalha de fogo ardente, e da tua mão, ó rei. E, se não, fica sabendo ó rei, que não serviremos a teus deuses nem adoraremos a estátua de ouro que levantaste. Dn 3:17,18
Queridos, sejamos verdadeiros adoradores, e não interesseiros que em nada conhecem a Deus e desejam apenas chantagear ao Senhor, como se isso fosse de alguma forma possível. Não passam de incautos e loucos apartados da presença de Deus. Cegos sendo guiados por lobos e mercenários da fé. Que o Senhor guarde seu coração desse mal!
Graça e Paz!
Hélio Roberto.
Twitter:@heliorsousa

Fonte: Artigo escrito para o GospelPrime.

sábado, 10 de junho de 2017

Fé vs Ansiedade


Viva em fé e tenha paz! 

Confira essa curta mensagem acima e que Deus te abençoe grandemente, em nome de Jesus!