sexta-feira, 30 de março de 2018

Anajure, juristas a serviço de Cristo


“Justiça e juízo são a base do teu trono; misericórdia e verdade irão adiante do teu rosto.” Sl 89:14


Em meados de janeiro do ano passado (2017) a Associação Nacional de Juristas Evangélicos – ANAJURE lançou processo seletivo para o seu mais novo programa, o Academia ANAJURE, que ocorreria em julho daquele ano, na Unievangélica, em Anápolis-GO. Tal evento, em sua 1ª edição, visava à capacitação e aprimoramento de cristãos, operadores do Direito, na defesa de nossos princípios, inclusive por meio da aplicação da lei. O tema do 1º Academia foi o seguinte: “Cosmovisão Cristã aplicada às ciências jurídicas”.

Meu coração palpitou quando vislumbrei que poderia participar de tal evento e ser contemplado com uma das 30 bolsas em disputa à época. Inscrevi-me e participei do processo seletivo, composto por 2 fases, uma produção textual e uma entrevista por Skype.

Grande foi a minha alegria quando meu nome constou da lista de aprovados! Posso afirmar sem titubear que não imaginava, nem de perto, o quanto Deus iria mexer comigo durante aquele evento. A verdade é que eu me sentia como um “patinho fora da lagoa”, ao ver muitos irmãos em Cristo, assim como eu bacharelandos em Direito, calarem-se diante da manipulação sofismática que tenta desconstruir os valores cristãos nas universidades.

Quantas vezes cheguei a questionar se minha postura de não me conformar com o que nos era imposto era, de fato, a postura correta. O Academia foi um verdadeiro sinal de que Deus estava atento à angústia do meu coração.

Voltando ao evento em si, minha alegria foi sendo potencializada a cada dia. Logo de início, participamos do Culto de abertura na Primeira Igreja Presbiteriana de Goiânia, então pastoreada pelo Reverendo Augustus Nicodemus. Ouvimos uma Palavra maravilhosa sobre Romanos, capítulo 8, ministrado com maestria pelo Reverendo. Como bom Batista renovado que sou, por muitas vezes o “aleluia” e o “glória a Deus” vieram à garganta durante o Culto, mas acabei me segurando (embora durante o Academia eu não tenha resistido).

Ao final do Culto de abertura, falei ao Rev. Nicodemus: “Pastor, quase que eu soltava um Aleluia! Mas eu me segurei”. Foi então que ele respondeu: “Você deveria ter soltado! Nós somos presbiterianos, mas batemos o pé de vez em quando.” A irreverência do querido Rev. Nicodemus me cativou de pronto, e foi assim que começou o Academia para mim.

Do Culto fomos para Anápolis-GO, local em que as palestras seriam ministradas. Ao chegar no Hotel, fomos para o quarto, onde aguardamos os demais irmãos chegarem, para matar a fome que nos matava...

No dia seguinte, deu-se início à odisseia que inundava a nossa alma, em que o Espírito Santo, agindo ativamente à cada ministração, testificava que aquele não seria um evento qualquer.

Tivemos ministrações e palestras sensacionais! Desde o Pr. Jonas Madureira (por meio do qual nós aprendemos que há livros que não podemos passar dessa vida para a outra sem ler) ao irmão Jeffery Ventrella (voraz defensor dos valores de Cristo), a maestria dos palestrantes arrefecia as nossas angústias internas e, eles mesmos apresentavam-se como verdadeiros esteios tão necessários à vida daqueles que, muito além das ciências jurídicas, queriam testificar do amor de Deus, inclusive por meio delas.

Pude conhecer o Presidente da ANAJURE, Dr. Uziel Santana, e posso afirmar que a ANAJURE está nas mãos certas. Homem centrado, sereno, capacitado, Batista (isso é um plus sem igual, rs), e, sobretudo, extremamente temente a Deus é um exemplo e uma referência, sem sombra de dúvidas, a todos que participaram do Academia ANAJURE.

Não haveria espaço para descrever cada um dos maravilhosos amigos que lá fiz! Do pernambucano Helder (pentecostal disfarçado de presbiteriano, rs) ao amigo Isaac (gaúcho que saiu praticamente falando em línguas), não há como descrever a profunda alegria que foi conhecer cada um deles.

A verdade é que as lembranças estão tão vivas no meu coração, que até parece que foi ontem que estive no Academia ANAJURE. O que falar da noite de talentos? Da noite de esportes? Do ferro de passar roupa que era assunto dominante no grupo de whatsapp durante a madrugada? Ou mesmo do pão-de-queijo tão falado e anunciado com o sotaque do paraibano Felipe? Era clarividente que tudo foi preparado debaixo de oração e com profundo amor e esmero!

Com o coração inundante e os olhos marejados é que escrevo este artigo, na certeza de que a ANAJURE nasceu, verdadeiramente, no coração de Deus! a ANAJURE tem atuado em defesa da liberdade religiosa, dos valores cristãos, além de dar suporte jurídico à Igreja do Senhor Jesus. É formada por juristas evangélicos do mais alto gabarito (bacharéis e bacharelandos). Tem atuado nos Tribunais Superiores, nas Casas Legislativas, além de atuar ativamente perante o Supremo Tribunal Federal – STF. Enfim, é um poderoso instrumento de Deus no Brasil, onde aqueles que amam a Jesus, e são chamados a operar o Direito, reúnem seus talentos com todo vigor, para glória do Deus Altíssimo!

Por fim, quero te dizer que o Academia 2018 (2ª edição) já foi lançado. As inscrições estão abertas! Não perca essa oportunidade e seja tão impactado quanto eu fui no ano passado. Que Deus abençoe a todos que vivem, inclusive com seus talentos, em prol do Reino de Deus! Assim é a ANAJURE!



Hélio Roberto.
Twitter: @heliorsousa

Fonte: Artigo escrito para o site GospelPrime.

sexta-feira, 16 de março de 2018

O que significa ser cheio do Espírito Santo?


“E não vos embriagueis com o vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito.” Ef 5:18


É intrigante como o Apóstolo Paulo apõe na mesma frase duas sentenças completamente paradoxais. Em uma primeira análise, parece não fazer muito sentido o amado Apóstolo, no mesmo versículo, ter justaposto uma exortação quanto à embriaguez com o vinho e uma ordenança para que sejamos cheios do Espírito Santo. Por que será, então, que o Espírito Santo inspirou Paulo a escrever esse versículo desta forma?
Entendo que o ponto em comum está em como devemos perder o controle de nossas vidas! Explico. É que quando se está embriagado com vinho, perde-se, no mais das vezes, o controle de ações e condutas. Aquele que está embriagado não se domina mais, mas é dominado pelo vinho; não tem mais vontade, sendo a sua vontade dominada pelo vinho; não mais tem controle de si mesmo, sendo completamente dominado pelo vinho, e é exatamente aí que está o cerne desse versículo.
Ser cheio do Espírito Santo significa, literalmente, perder o controle de sua vida. Assim como na embriaguez o embriagado não se controle, de modo análogo, aquele que é cheio do Espírito já não tem qualquer controle sobre sua vida, já não decide segundo sua vontade, mas segundo a vontade do Espírito; já não vai para onde quer, mas para onde o Espírito direciona; já não confia em si mesmo, mas toda sua confiança está no Espírito Santo; já não se controla, mas está sob total controle do Espírito de Deus.
Ser cheio do Espírito Santo vai muito além da manifestação de dons espirituais. Ser cheio do Espírito retrata um estado de vida, alma e espírito totalmente conectados e dependentes da direção de Deus. Significa conversarmos a todo tempo e sobre todo assunto com o Amado Espírito de Deus.
Mas por que eu preciso ser cheio do Espírito Santo, afinal? Veja, conquanto a Trindade seja una, ela se apresenta em três pessoas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Quando observamos a História do homem no tocante ao seu relacionamento com Deus, constatamos a atuação (visível) de forma mais assertiva de determinada pessoa da Trindade, embora seja um só Deus.
No Antigo Testamento vê-se de forma evidente (repito, de maneira visível, ou seja, a forma como Deus se apresenta) uma ação mais direta de Deus Pai, em que o próprio Deus peleja pelo seu povo e protege a nação de Israel. Com a encarnação de Cristo, vê-se de forma clara e pujante a atuação do Deus Filho, ensinando-nos a verdadeiramente adorarmos a Deus e pagando o preço pelos nossos pecados. Com a ressurreição e assunção de Jesus, foi-nos enviado o Deus Espírito Santo, nosso Ajudador!
Nesse prisma, vivemos, atualmente, sob a égide do Espírito Santo, sendo convencidos de nossos pecados e nos relacionando com Deus por meio de Sua atuação. Vivemos o ministério do Espírito Santo!
Deixe-me tentar explicar melhor. Jesus disse o seguinte: “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Ajudador, para que fique convosco para sempre. A saber, o Espírito da verdade, o qual o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece; mas vós o conheceis, porque ele habita convosco, e estará em vós.” Jo 14:16,17 (ARA). Observe os tempos verbais do trecho em destaque acima. Jesus, falando sobre o Espírito Santo diz: “mas vós o conheceis, porque ele habita convosco. Intrigante não? Se pensarmos que o Espírito Santo ainda não tinha sido enviado à Terra, já que para tal era necessário que Jesus morresse e ressuscitasse, de quem então Jesus estava falando? Quem, de fato, os discípulos conheciam e habitava com eles? Ora, Jesus estava falando de si mesmo. Era através da pessoa de Jesus que, naquele momento, os discípulos podiam ver o Espírito Santo, dado que era o próprio Senhor que habitava no meio deles. Jesus era a imagem visível que apresentava o Espírito de Deus. Veja agora o segundo tempo verbal, quando Jesus diz: “e estará em vós”. Jesus agora fala de um evento futuro, fazendo referência ao momento no qual o Espírito será enviado a todos os que amam ao Senhor, ou seja, os discípulos poderiam perceber o Espírito Santo através da pessoa de Jesus, mas, no futuro, seriam Seus templos!
Talvez agora fique mais claro. Jesus continua seu diálogo, e diz: “respondeu-lhe Jesus: Se alguém me amar, guardará a minha palavra; e meu Pai o amará, e viremos a ele, e faremos nele morada.” Jo 14:23 (ARA). Observe que Jesus está dizendo que o Pai e o Filho morarão naqueles que o amam. Mas como o Pai e Filho habitam em nós? Aí está o de mais maravilhoso: por meio do Deus Espírito Santo! A Trindade habita em nós através da pessoa do Deus Espírito Santo!
Quando somos morada do Espírito de Deus, tanto o Pai quanto o Filho em nós habitam!
Ao nos tornarmos habitação do Espírito Santo, passamos a ser moldados por Ele. Ser cheio do Espírito Santo é o estado máximo da dependência de Deus; repito: é perder o controle de si mesmo, passando a ser completamente dominado e direcionado por Deus, tanto em atitudes, Quanto em sentimentos e pensamentos!
Todavia, precisamos tomar cuidado para não entristecermos o Espírito de Deus. Billy Graham, certa feita, ao chegar em uma fábrica têxtil foi informado pelo anfitrião de que determinada máquina de tear, operando milhares de fios ao mesmo tempo, interrompia suas atividades automaticamente quando qualquer dos milhares de fios fosse rompido. Para demonstrar esse fato, o anfitrião rompe um único fio, o que fez com que máquina parasse imediatamente.
De modo semelhante age o Espírito de Deus. Quando pecamos e entristecemos o Espírito Santo, ele não deixa de habitar em nós, mas o seu fluir é interrompido em nossas vidas. Precisamos pedir perdão ao Espírito Santo toda vez que o entristecemos, de modo que a comunhão com Ele seja plenamente restabelecida!
Busque a plenitude do Espírito e seja cheio da presença de Deus!
Como dizia um antigo hino:
"Espírito Santo, sou o menor dos vasos;
Mas quero ser transbordar da tua presença."


Que Deus nos abençoe grandemente, em nome de Jesus!
Hélio Roberto.
Fonte: Artigo escrito para o site GospelPrime.