quarta-feira, 21 de setembro de 2011

A Medida do Julgamento


“Portanto, és inescusável, ó homem, qualquer que sejas, quando julgas, porque te condenas a ti mesmo naquilo em que julgas o outro; pois tu que julgas, praticas o mesmo.” Romanos 2.1

Em uma realidade em que sempre o que pensamos, ou melhor, sempre o que nos favorece de algum modo (financeiramente, moralmente, culturalmente, etc) é o correto, o julgamento tem se tornando conduta recorrente.

Precisamos entender que não temos o atributo divino da onisciência (saber todas as coisas), para, de algum modo, olhando apenas aquilo que nos está à vista, julgarmos determinado fato ou pessoa.

Como é difícil não julgar ninguém! Mesmo sem perceber, recorrentemente, estamos a julgar outrem.

E o mais sério no ato de julgar é que seremos julgados na mesma medida em que julgamos! Digo que o julgamento, geralmente, é precedido pelo preconceito, ou seja, conceito prévio de algo ou de alguém. Se algo não está em nossa lista de valores – morais, éticos ou sociais – de imediato taxamos (julgamos) como errado.

Precisamos ser mais humildes e entender que não somos em nada melhores que os outros para, de algum modo, estarmos nos sentindo no direito de julgarmos quem quer que seja. Precisamos entender que somos pó! Porquanto és pó, e ao pó tornarás. Gênesis 3: 19b”. Que nossa limitada mente não pode penetrar no coração de outra pessoa para, verdadeiramente, entender o que ela possa estar passando naquele momento.

Um velho ditado diz o seguinte: “Enquanto apontamos o dedo para alguém, outros três dedos apontam para nós”. Não tem jeito! Ao julgarmos alguém, estamos julgando a nós mesmos!

É partir de um ato de vontade própria, policiando-se, e com o auxílio Deus, que conseguimos vencer essa barreira tão desastrosa e que nos torna cada vez mais soberbos, qual seja a rotineira atitude de julgar; e a Palavra de Deus ensina que “A soberba precede a destruição, e a altivez do espírito precede a queda. Provérbios 16.18”.

Afinal, todos nós temos defeitos. Todos nós, sem exceção, erramos. Então o que nos dá o direito de simplesmente nos acharmos melhores que os outros?

Na verdade, quando nos dispomos a julgar outra pessoa, significa que nossa visão está deturpada por nossos próprios erros, o que nos faz pensar que podemos estar a observar minuciosamente a vida de alguém e tomar juízos de valores.

“Não julgueis, para que não sejais julgados. Porque com o juízo com que julgais, sereis julgados; e com a medida com que medis vos medirão a vós. (...) Hipócrita! Tira primeiro a trave do teu olho; e então verás bem para tirar o argueiro do olho do teu irmão. Mateus 7: 1,2, 5)”.

Que nosso Senhor possa nos dar discernimento e pureza de coração, de modo que possamos realmente ver que não somos dignos de julgar ninguém! Que somente Deus sabe todas as coisas, e somente Ele é digno de qualquer julgamento; devendo nós nos resguardarmos de quaisquer armadilhas nesse sentido, para que sempre possamos olhar com bons olhos aquilo que nos rodeia, uma vez que, se algo ao nosso redor estiver tentando nos afligir, o Senhor nos mostrará e livrará; mas isso deve vir de Deus, e não de nós.

Que você tenha um excelente dia na presença do Senhor, e que possamos buscar verdadeiramente não julgar nossos irmãos, e sim tentar ajudá-los de todo coração, seguindo o que o Senhor Jesus nos ensina: “Então, erguendo-se Jesus e não vendo ninguém senão a mulher, perguntou-lhe: mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou? Respondeu ela: ninguém, Senhor. E disse-lhe Jesus: nem eu te condeno; vai-te, e não peques mais. João 8: 10,11”

Grande abraço,

Hélio Roberto.

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