Quando a religiosidade cega e mata!
Vivemos em um tempo em que a Palavra de Deus está acessível como nunca na História da humanidade. Bíblias disponíveis de forma gratuita por meio de diversas plataformas digitais e, quando impressas, adquiríveis a baixíssimos custos.
Por outro lado, parece que o entendimento da essência da mensagem de Cristo tem ficado, a cada dia, mais obscuro aos olhos de muitos. Semelhante ao tempo de Jesus, em que havia todo o Antigo Testamento disponível aos estudiosos das Sagradas Escrituras, no tempo presente dispomos, em aditamento, do Novo Testamento que traz luz aos escritos do Antigo Testamento. Ora, não deveria estar mais fácil o entendimento da Palavra em sua essência?
Parece-me que, não obstante tudo isso, a religiosidade desenfreada tem dado azo ao obscurantismo na mente de muitos quanto ao verdadeiro cerne da mensagem de Cristo, e é justamente na “Palavra de Deus” que se fundamenta toda religiosidade que afasta de nossos olhos a verdade de nosso Senhor.
Certa feita, Jesus curou dentro da sinagoga, num sábado, um homem que tinha uma das mãos ressequida. Foi-lhe, então, perquirido pelos fariseus presentes se era lícito curar no sábado (Mt 12:9-14). Veja que estes fariseus esqueceram, há muito, a essência do amor de Deus e se apegavam à sua própria religiosidade para atacar o Filho de Deus, tentando evitar que o milagre chegasse à vida daquele que tanto sofria com aquela enfermidade.
Jesus perguntou aos seus interpeladores se algum deles deixaria uma ovelha em uma cova, se esta lá caísse em um dia de sábado e, ato contínuo, complementa dizendo que muito mais vale um homem do que uma ovelha. Jesus, em seu maravilhoso amor, traz ao bojo daquele diálogo a essência da Palavra de Deus que dizia: “Amarás ao teu próximo como a ti mesmo.” Lv 19:18b
Logo após o homem ser curado, os fariseus se retiraram com o intuito de tramarem o assassinato de Jesus.
Gostaria de me ater um pouco mais nesse ponto, fazendo as devidas aplicações ao tempo presente. Veja, a religiosidade desses homens endureceu seus corações a tal ponto de o amor simplesmente não mais existir. Além disso, ao serem apresentados à verdadeira essência da mensagem de Deus, a religiosidade estava tão voraz que conspiravam em como matariam o Filho de Deus.
Trazendo esta questão aos dias de hoje, muitos irmãos vivem uma religiosidade de tal forma que, além de simplesmente não mais viverem o amor de Deus, acabam por “matar” a muitos dos que lhe cercam. Impõem peso sobremodo sobre a vida dos outros que o fardo passa a ser tão pesado que chegam a sucumbir.
A religiosidade é uma venda que cega os olhos espirituais sob a égide de um falso puritanismo, mas que, na verdade, não tem nada de divina. Dá mau testemunho de Cristo, massacra os oprimidos, não estende a mão aos caídos e, por fim, mata os fracos na fé. A religiosidade é uma assassina contumaz que clona fariseus aos dias presentes de modo que a luz do evangelho não resplandeça na vida de muitos.
Precisamos, desta feita, entender a verdadeira mensagem de Jesus; mensagem esta que resgata, ama, cura, socorre, transforma, alimenta, consola, protege e, sobretudo, salva! Somos sal da Terra e não sal de terra.
Que Deus nos abençoe grandemente, e que possamos olhar para as pessoas com os olhos de nosso Senhor Jesus, livres da religiosidade que mata!
Graça e Paz!
Hélio Roberto.
Meu amigo, que texto oportuno! Sim, desde sempre, a religiosidade produziu e continua, nos dias atuais, clonando-os. Parabéns
ResponderExcluirParabéns pelo Post e se me permiti, gostaria de acrescentar.
ResponderExcluirAcredito que a religiosidade surgi como um câncer que aos poucos vai consumindo o verdadeiro sentido de ser um cristão seguidor de Jesus. Quando passamos a enxergar no próximo as suas mazelas ao em vez de o amor e a misericórdia que há em Jesus Cristo. Só através da renovação da nossa mente, como escrito em Romanos 12:2, seremos capazes de, verdadeiramente, não só enxergar mais cuidar e amar o nosso próximo como Jesus Cristo nos ama.
Fique com Deus.
Um forte abraço.